12 de maio de 2012

QUARENTENA III


Eu não queria voltar,
pois lembrava de tudo que passei..
da dor que eu senti por em meu coração pisar,
das lágrimas de sangue que eu tanto chorei.
(que não sanavam)

De longe eu não os via,
fazia do amor inexistente,
fingia que o meu coração não existia,
apagava-os aos poucos da minha mente!
(pois tinha que ser assim)

Tanto eu tentei..
fazer das minhas lembranças irreais.
Quanto eu me esforcei..
para não fazê-las a minha alma mortais.
(eu temia não conseguir)

Pois entre nós havia algo celestial,
que eu precisava ter,
algo gigantescamente especial,
que eu não conseguia entender.
(nem explicar)

E por amar demais me machucava,
eu sabia que precisava mudar..
mas como não sentir tanto pelos que eu amava?!
era inevitável a minha alma não sangrar.
(e isso me trancava na quarentena)